Powered By Blogger

sábado, 23 de abril de 2011

- Maduro e São -

Panfletário coração de minúcias

Gorjeiam aos ventos

límpidos

Sonoros e vozeados suspiros de

indignação.


Sou algum

não apodrecido!


Sou um suposto velho cego a cantar

docemente

A crueza de um povo

coitado.


Sinto o cânone de meu gemer

Calado e fugaz

Num desconcerto imaginário

Divino de pólvoras.


... Sorrir, exilado em si, é

Loucura!

[Isadora Fernandes de Oliveira – 24/03/2011].

- Av. Brasil -

Fumaça…

Canos de descarga.


Solidão em quarto

rodas

que me para também a articulação.


Agonia sentada ao

volante.

Nem mesmo o ar

condicionado

dialoga comigo...

Quebrou-se!


No meio desse horizontal caminho

De enfileirados

carros,

A impotência dos músculos

grita

janela a fora.

[Isadora Fernandes de Oliveira – 15/03/2011].

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

- Dá até pra ver o tempo ruir -

Quis ensozinhar-me no calor das maldições,

Porque adoro essa palavra e o significado que ela carrega...

Pulei de susto ao perceber que narro inutilmente o balançar de meus cachos.

O que há dentro do meu coração?

Quis sombra numa noite sombria,

Quis o escarlate esplêndido de seus olhos...

Quis sofrer nas faces dos corações enamorados,

Na verdade desafogar-me em lágrimas letradas e

Objetos disformes no entardecer das olivas...

Tenho muita escuridão escondida em sorrisos ávidos

...tenho também...

Um amor tão puro que ainda nem sabe a força que tem!

[Isadora Fernandes de Oliveira – 29/01/2011]